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MEU GOSTO PELO BASQUETE COMEÇOU EM 1991,QUANDO A EQUIPE DO CORINTHIANS/RS MONTOU SEU PRIMEIRO GRANDE TIME, COM PARKER, ALVIN, MARCEL, MAURO E ROLANDO. EM 1994 A EQUIPE SAGROU-SE CAMPEÃ BRASILEIRA, COM JOÃO BATISTA, ALVIN, BRENT MERRIT, CRUXEN E JOEL, UM TIME COMANDADO PELO MESTRE ARY VENTURA VIDAL. EM 15 DE AGOSTO DE 2007, FUNDEI A EQUIPE MALUCO'S BULLS RS, E DESDE ENTÃO, ORGANIZO, PARTICIPO E DIVULGO TORNEIOS DE BASQUETE, TANTO STREET, COMO 5X5. TAMBÉM ESCREVO MATÉRIAS SOBRE O BASQUETE EM GERAL. QUEM ME CONHECE, SABE O QUANTO FAÇO PELO BASQUETE, POIS SÓ COM O APOIO DE TODOS E DIVULGAÇÃO DE TORNEIOS, LIGAS E EVENTOS ESSE ESPORTE VAI PARA FRENTE.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

OS SUSPEITOS DE SEMPRE

Matéria de Marcel de Souza, do site Data Basket

Gosto muito de conversar com o José Mário, que além de meu amigo é sem dúvida alguma um dos basketeros que mais entendem do assunto e falar sobre basquete com ele é inspirador e instrutivo. Não sei se me seguem, mas lemos e ouvimos muitas coisas de gente que, embora envolvida há anos no ramo, tem uma visão muito superficial do que é viver o basquete integralmente e ter que provar todos os dias as dificuldades inerentes ao nosso esporte.

A turma do “eu não vivo do basquete e sim para o basquete” realmente não sabe o que é passar a adolescência, juventude e os melhores anos da fase adulta tomando cacete dentro e fora da quadra (será que isso não é viver para o basquete?). 
Uma das atividades mais fáceis que fiz foi a de comentarista de jogos na TV. Super tranquila porque a gente fala somente depois que tudo aconteceu e baseado no resultado da ação, mete o pau ou elogia os atores. 
Lembro-me de um Boston x Orlando, onde os Celtics saíram perdendo de vinte para depois virarem o placar e vencerem com facilidade. Esse jogo deu 9 pontos de audiência em TV aberta e eu fui elogiado até na coluna do saudoso Armando Nogueira, além de ser abordado por muita gente na rua no dia seguinte. 
Pessoas que elogiavam meus comentários do dia anterior sem saber que eu, enquanto o Boston levava de vinte só enaltecia Shaq e seus companheiros e descia a lenha nos Celtics, mas fazia exatamente o contrário quando o jogo virava para os devotos de St Patrick. Moleza, era só seguir a onda, interpretar algumas estatísticas e dizer algo divertido, mandar um abraço, etc. 
O basquete, entretanto, é muito mais complicado e refinado que um simples comentário e quem nunca encarou o “bom basquete” dará a mínima importância a esses parágrafos iniciais, mas saibam que existe muito mais basquete para os que já participaram do “grande jogo”. 
Não é o caso de José Mário, que vive o basquete como os grandes e sabe muito bem o que é preciso para sobreviver nessa selva que é o nosso esporte (dentro e fora das quadras). 
Pois bem, em nossa conversa, acontecida num jantar, José Mário me fez notar que ainda bem que eu tinha parado com o basquete porque ele era testemunha de que eu havia levado muita cacetada por defender as minhas ideias e projetos. 
Fez-me ver que às vezes é preciso mais que uma ideia que agregue valores e mais que um projeto que provoque o desenvolvimento de um esporte como todo para que tudo corra bem e dê certo. 
Foi uma inspiração porque falávamos apenas de fatos, histórias e causos que aconteceram no nosso passado como técnico e atleta e me fez vislumbrar o complexo político mais universalizado do nosso esporte. 
O ser humano é por natureza politizado (bem diferente de político, que é outra coisa) e muitos se vangloriam de estar no basquete, participando da política esportiva e tal, mas nunca sentiram na pele os efeitos que essa “política” provoca nos atores desse cenário esportivo. 
Nunca entraram nos tênis, muito menos vestiram os uniformes dos que não se classificaram para as últimas Olimpíadas e que levarão essa frustração consigo até os últimos dias de suas vidas, pois sabiam que eram melhores do que se apresentaram, mas nunca souberam por que não conseguiram. 
Nem tomarão conhecimento dos motivos pelo qual alguns não se iniciaram no jogo por falta de bola, redinha, quadra, clube, técnico ou material esportivo. 
Nosso basquete é cartorial (essa palavra está em desuso atualmente) e não permite que escolhamos as pessoas que irão administrá-lo, nem que tenhamos qualquer meio de influência sobre elas. 
Tenho consciência de que nada que escreva aqui será levado em consideração pelos “cartorialistas”, mas teríamos condições de mudar essa situação se efetivamente pudéssemos elegê-los caso as leis nos permitissem. 
Acontece que há atualmente setores corporativos onde nem eleitores ou sede existem, o que torna muito fácil para controlar os que têm direito a opinar sobre as mudanças exigidas se o objetivo é o sucesso do nosso esporte. 
De qualquer maneira, é preciso sim discutir as pessoas que há mais de vinte anos se utilizam dos poderes que lhes são conferidos para gerenciarem o basquete de uma maneira que provou (pelos resultados) ser ineficaz. 
Quando discutimos projetos e ideias devemos levar em consideração que todos eles nos últimos vinte anos foram excelentes... No papel. 
Enquanto estavam nas “pranchetas” todas as jogadas políticas para o nosso esporte eram maravilhosas, encantavam as pessoas que decidiriam nosso futuro e tiveram o apoio de todos os setores envolvidos. 
Não preciso aqui relatar (novamente) os resultados desses projetos e planejamentos quando chegou a hora da verdade, que é a sua execução no cenário real do basquete nacional. 
Sim, basketeros, não existe projeto, ideia ou planejamento que resista a uma execução ineficaz e quando falamos de execução, nós falamos de pessoas. 
Porque todo mundo (os do grande jogo, é claro) sabe que a prancheta não executa (muitas vezes, só atrapalha) e que na hora da “bola do jogo” é melhor confiar num basketero eficiente e não no experiente. 
“Experiência é o nome que a gente dá aos nossos erros”, já nos dizia o grande treinador Edvar Simões para explicar os caminhos do seu sucesso. 
O bom Edvar me ensinou a não acreditar no erro como forma de aprendizado. 
Dá para aprender com estudo, com dedicação, com perseverança e paciência, no máximo com o erro dos outros, mas com o próprio erro infelizmente (nesse nível) não é possível. 
Principalmente quando a responsabilidade inerente ao cargo é alta e quando o número de pessoas e seus respectivos destinos depende do acerto e do erro de seu líder. 
Quando for historicamente comprovado que um dirigente não tenha gerenciado bem o nosso basquete, não é possível que o discurso batidão de “aprendeu com seus erros, agora ele não erra de novo” se aplique. 
Vamos em frente, a fila anda, o mundo gira, os tempos mudam e as pessoas, que não executam o que planejaram, têm que mudar. 
Não quero de maneira alguma cair no velho chavão dos 27 membros do conselho, que elegerão o CEO da empresa. Infelizmente esse exemplo não é aplicável porque o lucro ou prejuízo da “nossa empresa” não é responsabilidade desses 27 conselheiros e seu eleito CEO (ninguém irá pagar a conta ou lucrar com resultado anual obtido). 
Deveria ser assim, mas nosso sistema ainda cartorial nos impede de sermos tão “prafrentex”. 
Fosse utopicamente assim, não testemunharíamos algumas barbaridades técnicas e/ou administrativas que infelizmente sofremos. 
Alguém tem que surgir para mudar esse cenário. Alguém que se importe que em alguns estados não haja bolas, nem redinhas, nem material esportivo para os atletas e efetivamente “faça essa jogada”. 
Alguém que enxergue a educação dos instrutores como prioridade e “enterre essa bola”. 
Um “executivo” que aumente o número de filiados e aparelhos esportivos em alguns estados, leve o basquete para as escolas e “pegue esse rebote”. 
Um líder que escolha seus auxiliares diretos apenas pelo mérito e “meta essa de três”. 
Um líder que tome o basquete e seus participantes como objetivo pessoal de sucesso para todos e “seja o nosso MVP”. 
Enfim, estamos cansados de projetos, de ideias, de discursos como “agora eu sei como é que faz, deixa eu consertar o que eu estraguei” e de especialistas em vender fumaça. 
O basquete não quer mais ouvir a mesma cantilena. 
Nós queremos um líder!
Matéria retirada e autorizada por Marcel de Souza, do site Data Basket

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