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Vale do Sol, RS, Brazil
MEU GOSTO PELO BASQUETE COMEÇOU EM 1991,QUANDO A EQUIPE DO CORINTHIANS/RS MONTOU SEU PRIMEIRO GRANDE TIME, COM PARKER, ALVIN, MARCEL, MAURO E ROLANDO. EM 1994 A EQUIPE SAGROU-SE CAMPEÃ BRASILEIRA, COM JOÃO BATISTA, ALVIN, BRENT MERRIT, CRUXEN E JOEL, UM TIME COMANDADO PELO MESTRE ARY VENTURA VIDAL. EM 15 DE AGOSTO DE 2007, FUNDEI A EQUIPE MALUCO'S BULLS RS, E DESDE ENTÃO, ORGANIZO, PARTICIPO E DIVULGO TORNEIOS DE BASQUETE, TANTO STREET, COMO 5X5. TAMBÉM ESCREVO MATÉRIAS SOBRE O BASQUETE EM GERAL. QUEM ME CONHECE, SABE O QUANTO FAÇO PELO BASQUETE, POIS SÓ COM O APOIO DE TODOS E DIVULGAÇÃO DE TORNEIOS, LIGAS E EVENTOS ESSE ESPORTE VAI PARA FRENTE.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ENTREVISTA DE SAMUEL DE AZEVEDO

Reproduzo aqui no meu blog, uma entrevista que concedi ao colega de basquete Paulo Correia (foto acima), da comunidade  BASQUETE AMADOR RS
[Entrevista] Samuel de Azevedo


Para estreiar o quadro "[Entrevista]" aqui na comunidade, trago a todos o relato de Samuel de Azevedo, nome que vem aparecendo seguidamente aqui na comunidade e também no circuito gaúcho de basquete amador, principalmente no streetball, com a sua carismática equipe Maluco's Bulls.
Um relato sincero, de uma pessoa que ama a modalidade e se dedica no que pode e no que não pode para fazer do basquete um esporte com maior destaque aqui no estado.
Vale apena dar uma olhada! Certamente vários vão se identificar com algumas partes da sua trajetória.

ENTREVISTA:
B.A.RS: Como o basquete chegou na sua vida?
Samuel: Meu gosto pelo basquete começou em 1991,quando a equipe do Corinthians/RS montou seu primeiro grande time, com Parker, Alvin, Marcel, Mauro e Rolando. Em 1994 a equipe sagrou-se campeã brasileira, com João Batista, Alvin, Brent Merrit, Cruxen e Joel, um time sempre comandado pela fera Ary Vidal.
Comecei a jogar basquete em casa mesmo, numa quadra que montei pra mim, havia só um ou dois que jogavam comigo as vezes, isso no ano de 1991, aos doze anos de idade.
Mas como trabalhei desde cedo com o caminhão do meu pai, nunca pude sequer ir adiante com o basquete, jogando até 1994 ali em casa mesmo, já que não havia quadra no municipio daqui, depois tive que parar, devido ao trabalho de motorista (viajei de norte a sul do RS, transportando de tudo).
Mas, no ano de 2007, a Prefeitura daqui de Vale do Sol construi uma quadra de esporte, e, como já não tinha mais caminhão e trabalhava no mercado, pude começar a recuperar meu tempo perdido, juntando alguns veteranos amantes do basquete daqui com alguns novos que começaram a jogar junto também.
Em agosto de 2007, aconteceu um torneio de street em Santa Cruz do Sul, onde criei a equipe Maluco´s Bulls. Nos chamaram de loucos, mas na verdade eramos malucos (risos), mas malucos pelo basquete, e não fizemos feio não, vencemos uma partida, apesar de enfrentarmos grandes jogadores acostumados com isso.
Tomei então mais coragem ainda, e comecei a realizar torneios de street, já realizei dois, um em 2009 e o outro em 2010, e esse ano já terá outro, com data, 6 de novembro e a divulgar outros torneios, tanto de street, como torneios 5 contra 5, nas comunidades do Basquete Maluco´s Bulls RS, Basquete Gaúcho e por aqui na própria comunidade do Basquete Amador RS. E depois criei um blog, aí sim, aconteceu um salto para divulgação de torneios, tanto é verdade que o blog recebe em média 480 visitas por mês ( http://samueldeazevedo-malucosbulls.blogspot.com/ ), e ainda criei uma conta no twitter ( @malucosbulls ) que também ajuda muito a divulgar tudo que faço.

Meus maiores ídolos no basquete se resumem em partes:
Equipe : Chicago Bulls (Michael Jordan resume tudo);
Treinador: Ary Ventura Vidal, com quem pude conversar nos tempos do auge do Corinthians/RS;
Jogador: Alvin Frederick, o americano que trouxe, além do seu ótimo basquete, uma alegria ao esporte, pois atendia á todos com carinho.


B.A.RS: Há quanto tempo vens batalhando pelo basquete na tua cidade?


Samuel: Comecei com minha equipe de basquete aqui no Vale do Sol no ano de 2007, e desde então, procuro fazer o máximo para juntar jogadores aqui, e não tem sido fácil, pois somos um município pequeno (pouco mais de 10 mil habitantes).

B.A.RS: Existem muitos adeptos da modalidade por lá? As crianças se interessam pelo basquete também ou ainda só praticam o futebol/futsal?
Samuel: Tenho poucos jogadores aqui, a maioria dos jovens ou está na zona rural, ou estudam, e apesar de termos quadra, não temos ginásios em condições para a pratica do basquete, o que me impede de treinar com eles nos dias de chuva. Até no inverno fica dificil, mas treinamos ao relento mesmo e a noite, de blusão, touca e tudo mais. Aos poucos a modalidade do basquete chega aqui nas crianças, mas estamos ainda em passos de formiga, pois não há prática de basquete nas escolas.


B.A.RS: Como é a estrutura da tua cidade para a prática do esporte?
Samuel: Temos somente uma quadra pública aqui, e dependemos diretamente do clima, se não chove, treinamos pelo menos uma vez por semana. A própria quadra eu mesmo que conservo junto com meus jogadores, para se ter um exemplo, quando colocaram as tabelas, os aros estavam a 2,75 de altura !!! Mas, pedi uma verba a prefeitura, retirei as tabelas, fizemos novas e mais resistentes, e colocamos na altura certa de 3,05. Volta e meia retiro um aro torto e arrumo, pois sempre tem um desocupado para se pendurar nelas e entorta-las.

B.A.RS: E quanto a apoio para as tuas iniciativas, tens muita dificuldade para conseguir apoiadores/patrocinadores? O apoio maior vem da iniciativa privada (empresas, comércio, etc) ou tens apoio dos órgãos públicos também?


Samuel: Não posso me queixar de apoio. Sou muito valorizado aqui pelo que faço, e fico muito grato á todos que me ajudam....Mas, como faço isso? Faço um sistema de rodízio de patrocínios, quando procuro uma empresa ou comércio, quando me ajudam (e até hoje TODOS sempre me ajudaram aonde pedi patrocínio), não procuro essas mesmas num periodo de 2 a 3 anos (ou até mais tempo) pois como tem muitos comércios, não há necessidade de repetí-los, então não fica algo chato esse negócio de patrocínio.
Já pedi patrocinio pra tudo: inscrições de torneios (coloco o nome da equipe com o patrocinador para divulgar no torneio, jornais, blog, etc), troféus, dinheiro e bola de premiação para os torneios que fiz, doei uma bola para o evento Basquete Solidário no ano passado, (bola que também ganhei doada e repassei), material para conserto das tabelas, até mão-de-obra doada tive!
A Prefeitura também me ajuda e muito, com as taxas de arbitragem que tive nos meus torneios, manutenção da quadra e algumas inscrições também.
Estamos fazendo novos uniformes agora, todos doados por empresas, cada uniforme teve o valor de R$50,00, fiz 11 conjuntos, e procurei então 11 patrocínios, e fechei tudo em 3 dias.
Um detalhe é que não coloco patrocínio nas camisas, esses patrocinadores terão um link especial lá no blog, e não coloco pelo simples detalhe: como colocar patrocínio de uma empresa num uniforme, e depois pedir patrocínio para inscrição de outra empresa?...aí fica esquisito, né?

B.A.RS: E falando de basquete propriamente dito agora, qual tua opinião em relação ao nível competitivo entre as cidades do estado? Pode-se considerar que somente grandes centros, como Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul são os mais fortes no estados ou tu achas que o nível de competição entre o basquete das cidades está equilibrado?


Samuel: No meu tempo (anos 90), tínhamos somente o Corinthians (Santa Cruz do Sul) e a SOGIPA (Porto Alegre). Hoje, o que se nota, é que temos emergentes aqui no RS, mas o que acontece? A maioria é "fogo de palha", começa bem, mas aos poucos, vai parando. Não se cria mais aquela "rivalidade sadia" de tempos atrás, infelizmente.
Por isso, é dificil dizer que há um centro mais forte, acredito que amanhã ou depois uma determinada cidade investe num clube local, e depois o acaba abandonando, como acontece muito.


B.A.RS: E o que tu achas que mudou no basquete de uns anos atrás pra cá, falando na prática? O basquete do passado era melhor?
Samuel: Ah, o basquete no passado, pelo menos aqui no Sul, era melhor. Dava gosto de acompanhar os americanos nos times do Corinthians e Sogipa. Mas , não havia só eles não. Tu ver um Ary Vidal ali, na quadra, passando orientações, foi algo muito bom de ver.
Mas falando na prática, temos mais quadra espalhadas hoje por aí, mas ainda falta algo mais, aquele pulo de coragem que eu fiz aqui, mas creio num futuro melhor, mas mais voltado ao streetball do que ao 5 contra 5 (basquete de quadra, tradicional).

B.A.RS: Agora quanto a organização a nível amador (que é o nosso grande foco), qual tua opinião a respeito dos torneios que acontecem no estado? São de boa qualidade? Merecem um olhar mais carinhoso dos órgãos públicos responsáveis ou estão bons do jeito que estão?


Samuel: São bons nossos torneios amadores aqui no RS, tanto de street, como 5 contra 5, mas também acontece de sair em um ano ou dois, e depois parar, infelizmente. Não há continuidade aos torneios, essa é a verdade. Não sei se falta um incentivo maior, ou se era somente uma febre que acontecia. Eu procuro fazer um torneio atrativo aqui, premio os 8 primeiros colocados, fora os brindes, isso não se vê por aí. A ajuda de órgãos públicos varia de cidade para cidade, uns tem auxilio, mas a maioria não. Eu não posso me queixar aqui, como sempre digo, se tu faz as coisas de boa fé, tu és notado e lembrado, portanto, tem auxilio.

B.A.RS: E falando um pouco da parte financeira, tu achas que o preço para a participação em torneios aqui dentro do estado é justo? Poderia ser cobrado mais? Poderia ser mais acessível?
Samuel: Eu acho que preço para os torneios deve ser uma variável. Se tu tens uma boa premiação e ainda em dinheiro, tu podes cobrar mais, que o pessoal vai se inscrever porque vale a pena. Mas, se tu só oferece o básico, que é troféu e medalha até terceiro lugar, tu tens que ter um preço mais acessivel.


B.A.RS: Qual seria tua sugestão para que o nosso basquete pudesse crescer cada vez aqui no estado?


Samuel: Só tem uma coisa que pode funcionar de verdade e pra valer para o crescimento do basquete aqui no RS: ter basquete nas aulas de Educação Fisica nos colégios, é a única alternativa. Se uma criança/jovem não tem contato com o basquete no colégio onde estuda, como será quando ele estiver na Faculdade? Daí mesmo que ele não vai, só se ele tiver mesmo um parente/amigo que joga e o leve para treinar em algum lugar, seja quadra ou até mesmo clube. O que acontece é que não temos hoje nenhum clube forte do RS disputando a NBB, e daí, vamos ter exemplo daonde? Eu me criei assim, acho que muitos também poderiam seguir desse jeito. Se eu aqui, num município de 10 mil habitantes já sirvo de exemplo para alguns, capaz que uma grande equipe, disputando uma NBB, não atrairia novos fãs do basquete em todo RS...Lógico que sim.

B.A.RS: E pra terminar, podes destacar um nome do nosso basquete que tu achas que vai se destacar nesse ou nos próximos anos?
Samuel: Falar de um nome fica dificil, mas destaco uma coisa que me chama atenção, que é o Projeto Cestinha, de Santa Cruz do Sul. Já saíram muitos garotos dali, gente que foi até estudar fora e jogar. Pena que a poucos projetos assim, deveria ter mais. Santa Cruz do Sul ainda tem essa "faísca" do basquete, aqueles anos dourados com o Corinthians disputando as finais do Brasileiro de Basquete deixaram frutos e sementes. Mas o meu medo, é que essas "sementes" se acabem com o passar de mais alguns anos, tomara que eu esteja bem errado!

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